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Patologias estruturais: causas, prevenção e recuperação de falhas e defeitos nas estruturas de concreto armado

O concreto armado é um dos materiais mais utilizados na construção civil, devido à sua resistência, durabilidade e versatilidade. No entanto, esse material também está sujeito a diversas patologias, que são alterações causadas por doença no organismo da estrutura, ocasionando a deformação e degradação dos materiais físicos ou estruturais1. As patologias podem comprometer a segurança, a funcionalidade e a estética das edificações, além de gerar custos adicionais com manutenção e reparo.

As patologias podem ser classificadas em dois tipos: as que afetam apenas o concreto (patologias do concreto) e as que afetam tanto o concreto quanto a armadura (patologias do concreto armado)2. As principais patologias do concreto são: fissuras, trincas, rachaduras, desplacamentos, eflorescências, manchas e desgastes superficiais. As principais patologias do concreto armado são: corrosão da armadura, carbonatação do concreto, ataque por sulfatos e cloretos, reação álcali-agregado e desagregação do concreto3.

O objetivo deste artigo é apresentar as causas, a prevenção e a recuperação das patologias estruturais nas estruturas de concreto armado em ambiente industrial. Para isso, serão abordados os seguintes tópicos:

Causas das patologias estruturais
Prevenção das patologias estruturais
Recuperação das patologias estruturais
Conclusão
Causas das patologias estruturais

As causas das patologias estruturais podem ser diversas e combinadas entre si. Elas podem ser classificadas em quatro grupos principais1:

Causas relacionadas ao projeto: são aquelas decorrentes de erros ou falhas no dimensionamento, na especificação ou na compatibilização do projeto estrutural com os demais projetos complementares. Exemplos: inadequação da resistência ou da durabilidade do concreto; falta de cobrimento adequado da armadura; falta de detalhamento das juntas de dilatação ou de ancoragem; incompatibilidade entre os materiais utilizados; etc.
Causas relacionadas à execução: são aquelas decorrentes de erros ou falhas na execução da obra. Exemplos: má qualidade dos materiais; mistura inadequada do concreto; transporte incorreto do concreto; lançamento inadequado do concreto; adensamento insuficiente do concreto; cura deficiente do concreto; etc.
Causas relacionadas ao uso: são aquelas decorrentes de erros ou falhas na utilização da edificação. Exemplos: sobrecargas excessivas ou não previstas; impactos mecânicos; vibrações; fogo; etc.
Causas relacionadas ao meio ambiente: são aquelas decorrentes da exposição da edificação aos agentes agressivos externos. Exemplos: umidade; variações térmicas; chuva ácida; poluição atmosférica; ataques químicos ou biológicos; etc.
Prevenção das patologias estruturais

A prevenção das patologias estruturais é fundamental para garantir a qualidade, a durabilidade e a segurança das estruturas de concreto armado. A prevenção envolve uma série de medidas que devem ser adotadas desde a fase de projeto até a fase de manutenção da edificação1. Algumas dessas medidas são:
Na fase de execução: seguir as normas técnicas e as boas práticas de execução; controlar a qualidade dos materiais; dosar corretamente o concreto; transportar, lançar, adensar e curar adequadamente o concreto; proteger as armaduras contra a corrosão; etc.
Na fase de uso: respeitar os limites de carga e as condições de uso previstas no projeto; evitar impactos, vibrações ou fogo excessivos; etc.
Na fase de manutenção: realizar inspeções periódicas para detectar e corrigir eventuais anomalias; limpar e impermeabilizar as superfícies expostas; reparar ou reforçar as estruturas danificadas; etc.
Recuperação das patologias estruturais

A recuperação das patologias estruturais visa restaurar a capacidade resistente, a durabilidade e a estética das estruturas de concreto armado. A recuperação envolve uma série de etapas que devem ser realizadas por profissionais qualificados e com equipamentos adequados1. Algumas dessas etapas são:

Diagnóstico: consiste em identificar e caracterizar as patologias existentes, bem como suas causas e consequências. O diagnóstico pode envolver ensaios visuais, mecânicos, químicos ou instrumentais, conforme a complexidade do caso.
Prognóstico: consiste em avaliar o estado atual e futuro da estrutura, bem como os riscos associados à sua permanência ou intervenção. O prognóstico pode envolver análises estruturais, econômicas ou ambientais, conforme a relevância do caso.
Planejamento: consiste em definir os objetivos, os critérios e os métodos de recuperação, bem como os recursos necessários para sua execução. O planejamento deve considerar as normas técnicas, as boas práticas e as especificidades de cada caso.
Execução: consiste em realizar as intervenções previstas no planejamento, seguindo as recomendações técnicas e de segurança. As intervenções podem envolver técnicas como: limpeza e preparação da superfície; remoção e substituição do concreto danificado; tratamento da armadura corroída; aplicação de produtos reparadores ou protetores; reforço estrutural com novas armaduras ou materiais compósitos; etc.
Controle: consiste em verificar e avaliar os resultados das intervenções realizadas, bem como sua eficácia e durabilidade. O controle pode envolver ensaios visuais, mecânicos, químicos ou instrumentais, conforme a necessidade de cada caso.
Conclusão

As patologias estruturais são alterações que afetam negativamente as estruturas de concreto armado em ambiente industrial. Elas podem ser causadas por diversos fatores relacionados ao projeto, à execução, ao uso ou ao meio ambiente. A prevenção das patologias é essencial para garantir a qualidade, a durabilidade e a segurança das estruturas. A recuperação das patologias é necessária para restaurar as condições originais ou adequadas das estruturas. A recuperação envolve um processo complexo que requer um diagnóstico preciso, um planejamento criterioso, uma execução cuidadosa e um controle rigoroso.

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